31 de janeiro de 2013

O trabalho como privilégio

Há umas semanas atrás comentava com uma pessoa próxima como hoje as pessoas que trabalham não se podem queixar, pelo minimo que seja, da sua actividade profissional. A verdade é que chegamos a um ponto em que quem tem trabalho, pode considerar-se priviligiado, tal é a procura. Mas também é verdade, que mesmo sendo um ser priviligiado, são cada vez mais as pessoas, que face à actual conjuntura económica, não se podem dar por satisfeitas.

Não há neste momento o "respeito pelo profissional" que havia há alguns anos atrás, em que o empregador percebia que tinha de motivar, reconhecia os bons profissionais e procurava mantê-los, quer com incentivos económicos, quer com outro tipo de incentivos. O que vivemos hoje, começa a ir para lá, do "explorável", isto porque são cada vez mais as empresas que "encostam" os profissionais à parede, desrespeitando uma grande parte dos seus direitos, contratando-os por quantias irrisórias e fazendo-os sentir como pessoas necessitadas de trabalho, de uma esmola ao final do mês, que no fundo, nada é mais do que o seu direito, tendo em conta que trabalhou, dispendeu horas, ideias, esforço fisico, psicológico, entre muito mais.

Isto tudo porque estamos a assistir neste inicio de ano, mais uma vez, a um reforço do que aqui descrevo, com a distribuição dos subsidios em duodécimos. Não sou fiscalista, economista, contabilista e percebo muito pouco de números, o suficiente para gerir o meu dinheiro e pagar as minhas contas, falo como trabalhadora, alguém que está do lado de cá, que não olha apenas para o Excel e vê numeros. A verdade, é que não há nada mais lógico que isto: o que ganham as empresas em distribuir os subsdidios por duodécimos, ou metade deles? Nada. No final do ano, a despesa da empresa não só foi exactamente igual, como também teve de ter mais liquidez mensal para pagar salários e subsidios, quando anteriormente tinha 6 meses para "amealhar" o dinheiro.

E para funcionários? O que eles ganham? Nada. No final do ano, o valor ganho, será exactamente o mesmo, sendo que aqui há um pequeno senão, àqueles que descontam para IRS, haverá uma maior liquidez mensal, mas que pode levar à ruptura muito mais famílias que já viviam no limite.

E sobre esta questão de os funcionários no privado poderem dizer se querem ou não receber em duodécimos? Uma grande maioria das empresas vai simplesmente dar isto como lei, não dando possibilidade a ninguém de se manifestar, sob pena, de ainda lhes serem cortadas mais "regalias".

Ninguém vai ganhar nada com isto.

A não ser que o governo esteja à espera de potenciar compras, de fazer com que gastemos mais por mês, para daqui a uns meses dizer que o nosso nível de vida aumentou. Mas creio que não vamos chegar até aí, já que muitas empresas nem deste mês vão passar. Um dia destes já nem temos onde gastar o nosso dinheiro, tal é a falência das coisas.

Ou isso, ou seremos outro Zimbabué, com menos de 100 euros no cofre.

21 de janeiro de 2013

16 de janeiro de 2013

Raining days!

Houve uma altura em que eu não achava muita piada a Anoraks, mas de há uns 2 /3 anos para cá encontrei um que me rendeu e comecei a ficar viciada nisto. Não há nada como puder andar apenas com 1 ou 2 peças mais frescas e depois um blusão por cima para proteger do frio e chuva de inverno.

Só que no último inverno esse tal Anorak deu de si e portanto obriguei-me a ter de comprar um para este. Fui vendo, espiando aqui, vendo uma montra ali, sempre a pensar "tenho de comprar um anorak novo", deixei-me ir até que começaram os saldos. Vocês sabem que eu não sou lá muito saldos, detesto a confusão nas lojas e o facto de muitas fazerem dos saldos um outlet, vendendo peças de coleções de há 10 anos atrás, perturba-me. Mas lá tive de ir espiar...

Corri o Shopping inteiro à procura de um que ficasse um pouco acima do joelho e que tivesse várias maneiras de fechar, além de que, claro, tivesse alguma qualidade. Espiei a Zara (um escandalo de preços!), fui à Mango (já não havia nada), entrei e saí rapidamente de lojas como Bershka ou Stradivarius, na H&M nem um para tirar o gosto. Por fim fui a uma das minhas marcas favoritas, a Tiffosi, encontrei-o! Com um verdadeiro preço de saldo (50%), preto, comprido, com cinto/zipper e botões. Só que....e haver tamanhos? GaiaShopping (só S), Arrábida e Norte (the same thing), 8ª Avenida (igualzinho, só S), por fim e já cansada de tanto procurar, lá tentei em Ovar, e não é que só havia um único M? Todos os S's ficaram nas lojas!

E lá fui eu a correr na hora de almoço, agora a missão está cumprida! Que venham as chuvas torrenciais, os frios "serranos" e os vendavais de inverno que eu já estou protegida!

10 de janeiro de 2013

Pimenta na língua

É o que eu acho que muitos portugueses andam a merecer. Principalmente aqueles que quando entrevistados na rua disseram "Crise? Onde? A crise está na mentalidade dos portugueses, para mim não há crise!", ou então "Gastei 1000 euros em presentes de Natal", ou ainda "Não deixei o meu café diário, muito menos de fazer as coisas que me dão prazer".

Devo imaginar o que o Passos Coelho pensa ao ver isto, ou os senhores do FMI.

Concordo com uma parte da primeira declaração, aquela que diz que "a crise está na mentalidade dos portugueses". Realmente temos fraca mentalidade, uma coisa muito tacanha, que nos leva a dizer sempre muito mais do que aquilo que realmente é, a chamada "Mania das Grandezas". O pior é que não é um vírus sazonal, tomara que fosse, é antes uma sindrome sem cura.

2 de janeiro de 2013

Hello 2013!

Então é assim... nos últimos dias de 2012 aproveitei para andar na pasmaceira, mesmo. Desta vez não me pus a reflectir sobre o que fiz, o que não fiz, o que desejo ou espero fazer, não fiz planos, projectos, nem lista dos 12 objectivos a cumprir em 2013. Além de ter aproveitado a semana entre Natal e Passagem de Ano para tirar férias, fiquei-me pelo consumismo excessivo de programas televisivos, chocolates e muito sofá.

Agora que já entrei em 2013, a diferença é praticamente nula. O meu sentimento não está muito virado para renovação de esperanças, felicidade extrema, alivio por ter terminado mais um ano... ou coisas parecidas. Basicamente espero que 2013 me traga coisas totalmente diferentes daquelas que tive no último, em todos os aspectos, qualquer coisa como um total makeover à minha actual vida. e é isso, não é que esteja insatisfeita, porque não estou, preciso é de um fresh air, de algo novo.

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