Há umas semanas atrás comentava com uma pessoa próxima como hoje as pessoas que trabalham não se podem queixar, pelo minimo que seja, da sua actividade profissional. A verdade é que chegamos a um ponto em que quem tem trabalho, pode considerar-se priviligiado, tal é a procura. Mas também é verdade, que mesmo sendo um ser priviligiado, são cada vez mais as pessoas, que face à actual conjuntura económica, não se podem dar por satisfeitas.
Não há neste momento o "respeito pelo profissional" que havia há alguns anos atrás, em que o empregador percebia que tinha de motivar, reconhecia os bons profissionais e procurava mantê-los, quer com incentivos económicos, quer com outro tipo de incentivos. O que vivemos hoje, começa a ir para lá, do "explorável", isto porque são cada vez mais as empresas que "encostam" os profissionais à parede, desrespeitando uma grande parte dos seus direitos, contratando-os por quantias irrisórias e fazendo-os sentir como pessoas necessitadas de trabalho, de uma esmola ao final do mês, que no fundo, nada é mais do que o seu direito, tendo em conta que trabalhou, dispendeu horas, ideias, esforço fisico, psicológico, entre muito mais.
Não há neste momento o "respeito pelo profissional" que havia há alguns anos atrás, em que o empregador percebia que tinha de motivar, reconhecia os bons profissionais e procurava mantê-los, quer com incentivos económicos, quer com outro tipo de incentivos. O que vivemos hoje, começa a ir para lá, do "explorável", isto porque são cada vez mais as empresas que "encostam" os profissionais à parede, desrespeitando uma grande parte dos seus direitos, contratando-os por quantias irrisórias e fazendo-os sentir como pessoas necessitadas de trabalho, de uma esmola ao final do mês, que no fundo, nada é mais do que o seu direito, tendo em conta que trabalhou, dispendeu horas, ideias, esforço fisico, psicológico, entre muito mais.
Isto tudo porque estamos a assistir neste inicio de ano, mais uma vez, a um reforço do que aqui descrevo, com a distribuição dos subsidios em duodécimos. Não sou fiscalista, economista, contabilista e percebo muito pouco de números, o suficiente para gerir o meu dinheiro e pagar as minhas contas, falo como trabalhadora, alguém que está do lado de cá, que não olha apenas para o Excel e vê numeros. A verdade, é que não há nada mais lógico que isto: o que ganham as empresas em distribuir os subsdidios por duodécimos, ou metade deles? Nada. No final do ano, a despesa da empresa não só foi exactamente igual, como também teve de ter mais liquidez mensal para pagar salários e subsidios, quando anteriormente tinha 6 meses para "amealhar" o dinheiro.
E para funcionários? O que eles ganham? Nada. No final do ano, o valor ganho, será exactamente o mesmo, sendo que aqui há um pequeno senão, àqueles que descontam para IRS, haverá uma maior liquidez mensal, mas que pode levar à ruptura muito mais famílias que já viviam no limite.
E para funcionários? O que eles ganham? Nada. No final do ano, o valor ganho, será exactamente o mesmo, sendo que aqui há um pequeno senão, àqueles que descontam para IRS, haverá uma maior liquidez mensal, mas que pode levar à ruptura muito mais famílias que já viviam no limite.
E sobre esta questão de os funcionários no privado poderem dizer se querem ou não receber em duodécimos? Uma grande maioria das empresas vai simplesmente dar isto como lei, não dando possibilidade a ninguém de se manifestar, sob pena, de ainda lhes serem cortadas mais "regalias".
Ninguém vai ganhar nada com isto.
A não ser que o governo esteja à espera de potenciar compras, de fazer com que gastemos mais por mês, para daqui a uns meses dizer que o nosso nível de vida aumentou. Mas creio que não vamos chegar até aí, já que muitas empresas nem deste mês vão passar. Um dia destes já nem temos onde gastar o nosso dinheiro, tal é a falência das coisas.
Ou isso, ou seremos outro Zimbabué, com menos de 100 euros no cofre.