Estou a pensar em escrever um livro.
A verdade é que sempre adorei escrever e sempre aproveitei para escrever tudo o que me vem á cabeça, até mesmo os meus pequenos devaneios sobre a vida, que não têm nexo nenhum.
Escrever sobre mim, sobre o que vejo, sobre o que sinto, sobre as pessoas tornou-se um hábito e os escritos têm ficado guardados, por vezes na minha memória e por vezes no papel.
Este desejo permanece em mim desde muito cedo, desde o dia em que comecei a fazer do meu caderno de português o meu diário, até ter um de verdade. Abria-o todos os dias para sentir o cheiro das folhas perfumadas e rabiscava-o com a minha caneta preferida. Uma caneta em formato de anjo, um presente da minha mãe e que mesmo sendo uma simples caneta fazia-me sentir mimada.
Hoje é o dia em que até as minhas agendas servem para rabiscar poemas, frases, histórias, pensamentos, tristezas e alegrias…
Hoje, ao fazer uma entrevista a uma escritora, o bichinho parece que acordou do sono profundo que vinha tendo há algum tempo e renasceu em mim o desejo de publicar algo com a assinatura: Lídia Amorim.
Afinal, dizem que para se sentir realizado basta plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro…
Bem, eu já plantei a árvore…
Vamos ver se esta é de vez!