6 de junho de 2007

Pessoa

Da forma como eu tenho andado, parece que o nosso grande Fernando Pessoa fez este lindo poema mesmo para mim:



Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlaçemos as mãos).
Depois pensemos, crianças adultas,
que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.
Obrigado! Aceito o convite...

2 comentários:

Andreia disse...

E ficam com as mãos enlaçadas ou não? lol

Luis Prata disse...

Não sabia que o Pessoa te conhecia :)

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