Ao post número 200...
Há muito que sinto uma ansiedade, uma ansiedade de fazer coisas novas, mais divertidas, que façam abalar esta monotonia que se vem tornando no meu dia-a-dia…
A monotonia não nasceu para mim e a repetição muito menos, e a prova está até nos mais pequenos gestos que faço, como as mudanças do visual, o jeito de vestir… Tudo para mim tem de estar sempre a mudar, tenho de estar sempre a fazer algo que me incentive, que me active, que me faça sentir importante para mim e para os outros, que me torne mais moderna, mais madura… E isso ultimamente não tem acontecido, principalmente no sector que mais sinto necessidade de fazer mudanças, de inovar… No trabalho… Sim, porque no resto eu faço, mando e desfaço sozinha, mas no trabalho tudo está em grupo e por estar tudo em grupo e tudo tão certinho é que se torna, por vezes, monótono… Detesto, detesto e repudio esta palavra, sou uma pessoa aventureira, nunca tive medo de dar um passo em frente e até hoje não me arrependi dos que dei e nunca pensei duas vezes… Mas agora penso, não só uma, como duas, três, quatro e no fim acaba sempre por ficar tudo na mesma, mas a necessidade e ansiedade aumentam, dia após dia.
Primeiro para combater esta ansiedade, há um ano e meio atrás, voltei para o ginásio depois de muitos anos sem frequenta-lo, comecei a praticar e aventurar-me em modalidades que gosto, agora penso em mais tarde fazer algumas formações no Manz, mas tem de ser mesmo mais tarde, porque quero estar muito bem preparada. E por estar adiar mais uma coisa começo a sentir novamente esta ansiedade de fazer algo novo, pensei em voltar a estudar á noite, mas devido aos meus horários no emprego, é completamente impossível, ou dormia em pé, ou não dormia… Pensei também em voltar ao Design, Fotografia, em fazer Dobragens ou Documentários e conciliar com o emprego na rádio, pensei até em abrir um negócio com a minha mãe e no fim cheguei á conclusão que o melhor é pôr uma baixa médica, porque estou tão baralhada que daqui a nada vou parar ao Conde Ferreira…
Pensei que com o passar dos anos fosse “assentando” e as minhas ideias começassem a ficar cada vez mais claras para eu tomar um rumo definitivo, mas afinal, chego á conclusão que isto está, sempre esteve e sempre estará comigo… A indecisão… A verdade é que até para escolher um simples refeição eu estou, por vezes, quase 15 minutos a olhar para o menu e quando vou dizer o que quero ainda estou indecisa… (um bocadinho exagerado nos minutos, mas é verdade)
São marés… São alturas do ano… Há outras a que a tudo digo SIM, há outras a que a tudo digo, pode ser…
Deve ser do Outono…
Será? Espero que sim… Mas as dúvidas continuam… Preciso de algo novo!!! E urgente…
37% de mim e 63% da Natalie Imbruglia, será?
4 comentários:
Por vezes temos de parar um bocadinho para pensar, é importante desligar do "corre corre", reflectir, carregar baterias e voltar com outro objectivos mais realistas!!! Uma viagem sozinha por vezes ajuda...
Deixa lá, não és a única, há alturas que também sou muito indecisa!
A mudança faz bem. Não pares de mudar, mas muda bem e serás feliz.
Jokas
Hummm... sabes que a vida longe de trazer ideias fixas, vai é fazendo com que nós vamos sempre (ou quase sempre) duvidando das coisas que acreditamos já saber...
Quando inicio uma linha de pensamento, seja acerca do que for... de passado, presente ou futuro... chego sempre à conclusão que na realidade, nada é garantido, nada é certo, nem a nossa ideia!
Num tempo que eu considero já longinquo (no entanto falo de apenas há uns 3 anos para cá) eu próprio possuía ideias muito definidas acerca da minha vida futura, e do facto de ter aceite o que me parecia como o destino inevitável... tudo isso mudou num espaço de poucos dias, no decorrer de uma certa viagem que fiz...
Perto de fazer 30 anos, sinto que no fundo nada sei... e parece-me que na maioria das vezes os pensamentos apenas servem como meio de aumentar as dúvidas que já alastram cá dentro. Seja Verão ou Inverno... há dias assim, onde sinto vontade de fechar-me perante um mundo que cada vez me desilude, mas noutros dias sinto uma imensa alegria e gosto de viver.
Uma coisa parece-me (até ver) certa: a vida dá e a vida tira (e isso geralmente acontece quando não esperamos...) e se a monotonia existe e nos sofoca... também a mudança repentina pode trazer sequelas que depois custam a engolir!
Para terminar... todos nós minha cara amiga, precisamos de algo novo... quanto mais não seja para a evolução pessoal e o elevamento da alma.
Um beijinho,
João
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