15 de dezembro de 2008

A Dança...


Não te amo como se fosse rosa de sal,

topázioou flecha de cravos que propagam o fogo:

Amo-te secretamente, entre a sombra e a alma.


Amo-te como a planta que não floresce e leva

dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,

e graças a teu amor vive escuro em meu corpo

o apertado aroma que ascender da terra.


Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,

Amo-te directamente sem problemas nem orgulho:

assim amo-te porque não sei amar de outra maneira,


Se não assim deste modo em que não sou nem és

tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha

tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.


(Pablo Neruda)

3 comentários:

Andreia disse...

Muito love por aqui!

Eduardo Ramos disse...

Poemas que me façam reler cada linha perdendo o sentimento... enervam-me.
Neste... lendo de uma só vez... só senti isto: O amor é claramente confuso.

beijos

Luis Prata disse...

Muito romântica :)

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