29 de setembro de 2010

My self and I

As pessoas continuam a estranhar a minha frieza quando conto que o meu objectivo de vida não é casar, ter filhos e vê-los crescer... I'm not happy with that.

Toda a minha vida, desde que me conheço, que decidi que não iria trabalhar unicamente para "ir vivendo", para me dedicar a um dia ter um casamento "feliz?" e uma familia "saudável?". Não de todo, não quero passar uma vida inteira a trabalhar para pagar contas, para vestir filhos, para por comida na mesa, para não fazer as coisas que gosto, para não me divertir, para ter de ceder aos meus gostos em detrimento dos gostos dos outros e no fim da vida dizer: fui tão feliz e pensar (fui feliz? não fiz nem metade do que gostaria de ter feito, do que gostaria de ter visto, que frustração.)

Simplesmente tenho objectivos de vida diferentes: Quero conhecer o mundo, viajar, conhecer outras culturas, outras pessoas, aprender outras linguas, ter os meus momentos de solidão, de alegria absoluta, de tristeza, quero viver mil e uma experiências e sentir-me minimamente realizada. Acho que ninguém deve criar projectos em volta de uma família, entrar num casamento sem antes se perguntar: "estou minimamente realizada/o?", acho e sempre achei que as pessoas só serão felizes numa vida a dois, quando se sentem felizes enquanto pessoa única e é isso que eu pretendo. Ser feliz enquanto pessoa única e depois quem sabe, mais tarde, repartir a minha felicidade, a minha experiência, as minhas vivências com outras pessoas, with my family...

Até lá, serei unicamente eu! I want to be myself and help others be themselves!

I hope you understand me...

2 coisas...

Que me fariam gritar, chorar, dar pulinhos, tremeliques de alegria e constantemente dizer: "OMG, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito, não acredito......"


Mas só o Carrera 4! Os outros mando todos para o lixo!
Tê-lo por 1 dia já me bastava.

Há quem sonhe em sentir-se realizado tendo um lindo "marriage" e pequeninos filhos... A minha realização seria esta! Sorry to disappoint....

20 de setembro de 2010

I'm Out

Ando com um humor de cão, logo eu que não gosto de cães. Na verdade, nem sei bem explicar porquê, nem acho que haja razão para tal, mas sinto-me assim e pronto! Tou sem paciência para conversas inúteis, sem sentido, para joguinhos de troca de palavras, para pessoas que fazem demasiadas perguntas, para aquelas que querem tudo por tudo fazer valer e impingir as suas ideias aos outros. Tou sem paciência para criancisses e já aqui disse que não lhes vejo tanta piada.

16 de setembro de 2010

Baby folia

No inicio desta manhã enquanto tomava o pequeno-almoço presenciei uma situação que me deixou incógnita: Uma avó claramente “babada” a mostrar as fotografias da sua netinha às amigas e a quem por lá estava. Era um pequeno livro com fotografias de uma criança do sexo feminino, de totós e vestido cor-de-rosa igual a todas as outras da idade. A cada senhora que via “ahhh que beleza, ai que riqueza que a sua neta está. Esta ideia do livrinho está um máximo.” E continuavam, “ai que linda, ai que beleza..”. Desfolhavam aquilo com uma emoção que só faltava beijar as fotografias da menina.

E eu pergunto-me “em que parte da vida é que eu fiquei que não acho piada nenhuma a estas coisas? Em que parte era suposto eu ter tamanha sensibilidade para quase chorar com as fotografias de uma criancinha?”

Quem diz isto, diz o mesmo quando toda a gente admira a barriga de uma mulher grávida, mete lá as mãos, “amacia”. Diz também quando toda a gente agarra os filhos dos outros e diz “estás tão graaande, ai que fofura. Uii”.

Dou por mim a divagar e a pensar “que monstro serei eu? Que espécie de mulher insensível?”, “Lídia, será que não podes unicamente limitar-te a imitar o que todas as outras fazem?” Hummmm, nunca gostei de imitações.

Nota: Mãe se estiveres a ler isto, sei exactamente o que estás a dizer: TÁ CALADA QUE ESSAS COISAS NÃO SE DIZEM!!! (Ok. só se pensam)

7 de setembro de 2010

Há um poema, que diz:

Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude.

Fora do conhecido é estranho o passo
Que próprio damos. Graves numes guardam
As lindas do que é uso.
Não somos deuses; cegos, receemos,
E a parca dada vida anteponhamos
À novidade, abismo.
 
 
De Ricardo Reis in "Odes" (Heteronimo de Fernando Pessoa)
Nome: "Temo, Lídia, o Destino. Nada é Certo"

6 de setembro de 2010

Além daqui....

A cada segundo, desvio o olhar para o telemóvel e a cada mensagem, um suspiro antes de a abrir. Das que recebi na semana passada, dava por cada uma um bilhete de ida sem volta para qualquer ilha longe daqui (em todos os sentidos e não explico quais). Com o tempo aprendi que mensagens fora de horas normais e de remetentes não muito comuns traduzem-se em más noticias ou maus presságios e daí, das que ultimamente recebi, o texto era sempre igual "xpto morreu".
Numa semana consegui bater o meu recorde pessoal de idas à missa e a cemitérios. E agora de certa forma sempre que olho o telemóvel espero outra tal noticia. Parece que derrepente o mundo e o que nós não sabemos que há no mundo, decidiu levar todos, pelo menos, os que já tinham reserva feita. O que não quer dizer que qualquer um de nós já não a tenha, ou até mesmo eu.

Não me amedontra e tento que não me entristeça e faz deste modo valer o meu modo de pensar: Que a vida são dois dias, o que nascemos e o que morremos. Os restantes são o acréscimo pelo bom comportamento.

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