No inicio desta manhã enquanto tomava o pequeno-almoço presenciei uma situação que me deixou incógnita: Uma avó claramente “babada” a mostrar as fotografias da sua netinha às amigas e a quem por lá estava. Era um pequeno livro com fotografias de uma criança do sexo feminino, de totós e vestido cor-de-rosa igual a todas as outras da idade. A cada senhora que via “ahhh que beleza, ai que riqueza que a sua neta está. Esta ideia do livrinho está um máximo.” E continuavam, “ai que linda, ai que beleza..”. Desfolhavam aquilo com uma emoção que só faltava beijar as fotografias da menina.
E eu pergunto-me “em que parte da vida é que eu fiquei que não acho piada nenhuma a estas coisas? Em que parte era suposto eu ter tamanha sensibilidade para quase chorar com as fotografias de uma criancinha?”
Quem diz isto, diz o mesmo quando toda a gente admira a barriga de uma mulher grávida, mete lá as mãos, “amacia”. Diz também quando toda a gente agarra os filhos dos outros e diz “estás tão graaande, ai que fofura. Uii”.
Dou por mim a divagar e a pensar “que monstro serei eu? Que espécie de mulher insensível?”, “Lídia, será que não podes unicamente limitar-te a imitar o que todas as outras fazem?” Hummmm, nunca gostei de imitações.
Nota: Mãe se estiveres a ler isto, sei exactamente o que estás a dizer: TÁ CALADA QUE ESSAS COISAS NÃO SE DIZEM!!! (Ok. só se pensam)
2 comentários:
EU quero cá estar para ver... e vou-me rir tanto, mas tanto...
Eu quando tinha 8 anos achava que aquela coisa de dar beijo na boca de uma rapariga era um nojo... agora... pois. Por isso menina... lá vem o lugar comum... " nunca dirás desta água não beberei!"
:)
Um dia, se fores mãe, depois de carregar no teu ventre 9 meses um bebé, de o ver nascer, de cuidar dele e vê-lo crescer, vais compreender...
Ser mãe/pai é algo inigualável.
Podes não gostar da ideia agora. Mas a vida dá tantas voltas e nós mudamos tantas vezes de opinião... vais ver ;)
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