Eu costumo dizer que no nosso dia-a-dia
aparecem 3 tipos de pessoas com a palavra "Esperto" como nome do
meio. São normalmente os Espertinhos, os Chicos-Espertos e os Espertalhões.
Muito rapidamente para mim, os Espertinhos são aqueles que têm alguma inteligência
para escapar a situações pouco delicadas, os Chicos-Espertos são aqueles que em
termos de cultura são zeros à esquerda, inventam sobre tudo e têm a mania que
são detentores de todo o conhecimento e depois existem os Espertalhões e é
desses que venho falar hoje.
Os Espertalhões, na minha opinião, são aqueles
que até têm uma cultura invejável, são conhecedores de muita coisa, sabem sobre
economia, literatura, conhecem música, até são viajados e têm muitos conhecimentos.
Mas o maior defeito deles é mesmo esse, acham que por terem muitos
conhecimentos são pessoas detentoras de todo o saber, acham que saber um pouco
de alguma coisa, para eles, é sinónimo de já saberem tudo e então já não
precisam de ninguém.
É com esses que eu tenho normalmente de lidar e
chega a ser irritante, muito irritante. Porque são o tipo de pessoas que
reinventam a frase só para não terem de corrigir a palavra que nós pedimos.
Com o tempo aprendi que com este tipo de
Espertalhões não dá para abdicar da palavra, é com eles que devemos insistir
que não é assim que se faz, demonstrando e depois mostrando os resultados que
da correção vieram. Com eles também temos de ser irritantes, impor a nossa
opinião, dizer "Ámen" quando preciso, mas nunca lhes deixar com o
gostinho da vitória. Devemos muito ignorar as vitórias deles, mostrar algum
desinteresse porque senão o Ego do Espertalhão ainda cresce mais e volta tudo
ao "always the same".
É cansativo, por isso, ser uma pessoa irritante.
Ando elétrica, tenho sempre de estar a fazer alguma coisa, de me superar, de
procurar, de responder, de apagar, enfim. Mas chegar ao final do dia com a
sensação que não há espertalhão que nos passe a perna, dá para eliminar os
carneirinhos da contagem decrescente para dormir e substitui-la pelo tão velho
ditado "Hoje eu, amanhã tu."
Afinal de contas não é por acaso que chamámos a
estes ditados "Sabedoria Popular". Sabedoria será sempre sabedoria...
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