A palavra "ridículo" está a ficar impregnada no meu vocabolário diário, isto porque, ainda ontem a repeti pelo menos 50 vezes quando, sentada no centro de saúde à espera de uma "consulta aberta", assisti ao discurso de José Sócrates sobre o acordo com a tão afamada Troika.
Não repeti "ridículo" enquanto o ouvi, por mais barulho que estivesse na sala de espera, concentrei-me unicamente nas suas palavras e entendi que a sua preocupação concentrou-se naquilo que os portugueses mais andavam a temer nas últimas semanas (cortes no 13º mês, entre outros), toda a gente reclamou como se já estivessem decididas as medidas. Quando ouvi que nada disso ia acontecer, era mais do que óbvio que outras coisas teriam de acontecer, mas pelo menos aquilo que tanto se pediu que não acontecesse, estava salvaguardado. O "ridículo" começou quando ouvi as palavras de Catroga a dizer que aquele acordo aconteceu com o total apoio do PSD, "ridículo" para as palavras do Coordenador do BE (?????), ridículo para os comentários das pessoas hoje que já não reclamam dos cortes no 13º/14º e etc, e reclamam de outras tantas coisas que vão acontecer. Mas afinal o que é que os Portugueses querem? Querem ultrapassar a crise como? Ridículo também porque as pessoas não estão habituadas a ler, só a ouvir TV e a fazer triagem nas palavras e com isso limitam-se a declamar, como se fossem poetas.
Ridículo porque agora até vai haver subsidio de desemprego para empresários em nome individual, os mais desfavorecidos são favorecidos em todas as medidas e algumas taxas para as empresas vão descer, ridículo porque ninguém lê isto, ninguém vê.
Tal como comentei hoje "Acho que as medidas são justas em muitos aspectos e que as pessoas no meio de tudo isto só vêm o seu umbigo e nem sequer se limitam a ler.... Estava tudo cheio de medo quanto ao 13º e 14º e agora que isso não vai acontecer, já invertem as queixas para outras coisas. Cada vez menos percebo os portugueses, tal como ontem me ri do Catroga a dizer "este acordo aconteceu com o apoio do PSD" WHAT???? Decididamente "este país não é para velhos"."
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