7 de setembro de 2010

Há um poema, que diz:

Temo, Lídia, o destino. Nada é certo.
Em qualquer hora pode suceder-nos
O que nos tudo mude.

Fora do conhecido é estranho o passo
Que próprio damos. Graves numes guardam
As lindas do que é uso.
Não somos deuses; cegos, receemos,
E a parca dada vida anteponhamos
À novidade, abismo.
 
 
De Ricardo Reis in "Odes" (Heteronimo de Fernando Pessoa)
Nome: "Temo, Lídia, o Destino. Nada é Certo"

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