6 de janeiro de 2012

Das coisas tristes...

Antes de começar a pensar que já é Sexta-feira, que está um sol radiante que promete prolongar-se pelo fim-de-semana, há que apontar aqui algo a que assisti há dias.

Todos nós sabemos, o tema que está na ordem de todas as horas é a crise, a crise, a crise. O retrocesso das nossas capacidades económicas é o pão de cada dia, mas acho que isto é uma boa lição para os portugueses. Somos o povo que sempre andou à "Lagardère", ou seja, sempre gastamos mais do que aquilo que podíamos e por isso é que assim estamos. Chegámos ao ponto em que não sabemos definir prioridades e a minha nota vem ao encontro disso. 

Há alguns dias atrás enquanto tomava um café depois de almoço, assisti a uma mãe que estava a tentar explicar à filha com uns 12/13 anos porque é que ela não podia comprar umas botas novas. Que tinha de arranjar as que lá tem em casa (mandar ao sapateiro), que elas ainda durariam muito tempo. Mas a filha insistia que precisava de umas botas novas, que as outras estavam velhas. Pois a mãe lá acabou por ceder ao pedido mas limitou um plafon para as botas: 10,00€. Eu fiquei a pensar onde é que ela podia comprar umas botas por esse preço, mas vá, diga-se que não pareciam ser pessoas abastadas e que o limite até podia ser o máximo que podia gastar. Todos têm os seus limites, até os milionários.

A conversa terminou, elas levantaram-se e mesmo antes de sair, a mãe foi comprar tabaco, 2 maços de tabaco do mais caro.

Não preciso de explicar mais nada, certo?

Pois que a minha mãe sempre me disse: "quem não tem dinheiro, não tem vícios".

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